quarta-feira, 10 de junho de 2009

Suécia vai propor imposto europeu sobre emissão de gás carbônico

País assume presidência da União Europeia em julho. Primeiro ministro diz que taxa é modo eficaz de cortar emissões.



Quando a Suécia assumir a presidência da União Europeia em julho, insistirá para que os demais membros do bloco imponham um imposto sobre as emissões de gás carbônico, como forma de atingir as metas de redução dos gases causadores do aquecimento global; disse o primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt.

O chefe de governo afirmou que taxar a poluição é a melhor forma de reduzir os gases do efeito estufa (responsável pela mudança climática) e sugeriu que Estados-membros coordenem a introdução da cobrança, já que a União Européia não tem poderes de tributação.
"Estou pedindo a eles que introduzam isto no nível de Estado-nação", disse Reinfeldt. "A taxa de CO2 é uma boa ideia".

Reinfeldt reconheceu que, embora o imposto possa se mostrar impopular entre os eleitores ou empresários em meio à crise econômica atual, ele sairá mais barato, no longo prazo, ao pressionar a Europa a desenvolver uma economia de baixa emissão.

"Esta é a forma mais eficiente de remodelar a economia num sentido de baixo carbono, porque todas as outras coisas que tenho visto pelo mundo que é usado no lugar do imposto de CO2 são muito mais caras... pressiona muito mais o orçamento", disse ele a jornalistas.

Reinfeldt foi a Bruxelas para explicar as prioridades que adotará na presidência do bloco europeu. Os países da UE já haviam estudado a ideia de adotar um imposto de CO2 , antes de decidirem adotar um sistema de comércio de emissões.

Só quatro países do bloco têm uma taxa de tipo: Suécia, Finlândia, Eslovênia e Dinamarca.

A Suécia adotou o imposto em 1991, e isso estimulou o uso de bicombustíveis no aquecimento. No entanto, críticos dizem que o efeito da taxa foi reduzido, porque ela não se aplica à geração de
eletricidade.

Extração: Estadão Online

Pesquisadores ambientais já prevêem os problemas que poderão atingir nosso planeta caso as emissões de gás carbônico continuem. Muitos ecossistemas, espécies vegetais e animais poderão ser extintas. Derretimento de geleiras, alagamento de ilhas e regiões litorâneas também podem ser resultado da desenfreada emissão de CO2 .


A medida adotada por Reinfeldt pode causar certo espanto momentaneamente. Contudo, já que todas as outras iniciativas realizadas pelo mundo (o Protocolo de Kyoto, por exemplo) parecem não surtir efeito considerável, a cobrança do imposto de CO2 pode ser uma boa alternativa.


Isso porque países como os Estados Unidos tem dificultado o avanço de acordos. Alegam que a redução da emissão de gases poluentes poderia dificultar o avanço das indústrias no país.
E como afirma o chefe de governo, a cobrança pode ser é a forma mais eficiente de remodelar a economia num sentido de baixo carbono. Seria necessário cobrar algo que, teoricamente, é obrigação? Será que mexendo nos cofres do governo a situação irá melhorar?

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